O cenário de investimentos para os millennials, geração nascida entre o início da década de 1980 e meados da década de 1990, é marcado por desafios e oportunidades únicas. Os millennials enfrentam obstáculos financeiros, altos custos de habitação ou dificuldades em ter empregos remunerados ao nível do que sonharam quando fizeram o seu percurso académico. Porém, é reconhecida como a geração mais bem informada sobre investimentos.
Ações: O Caminho para Metas de Longo Prazo
Para os millennials os objetivos de investimento frequentemente incluem metas de longo prazo. Investir em ações é uma estratégia sólida. As ações representam uma parcela de propriedade numa empresa, ao longo do tempo, o seu desempenho geralmente reflete o desempenho subjacente do negócio. Investir em ações pode ser feito individualmente ou por meio de ETFs (Exchange-Traded Funds) e fundos mútuos.
Fundos de Índice: Diversificação Eficiente
Os fundos de índice, seja em forma de ETFs ou fundos mútuos, tentam replicar o desempenho de um índice, como o S&P 500 ou o Nasdaq, apenas para citar os mais conhecidos. É um modelo que permite construir uma carteira eficiente e diversificada que reflete o mercado como um todo. A diversificação reduz o risco e aumenta o potencial de retorno.
ETFs: Flexibilidade e Acessibilidade
Os ETFs, negociados como ações, detêm um cesto de títulos, ações, títulos ou commodities. São uma opção acessível para construir uma carteira diversificada. Ao contrário de muitos fundos mútuos, geralmente não têm um investimento mínimo. A natureza flexível dos ETFs permite que os millennials com orçamento limitado, construam os portfólios diversificados.
Fundos Mútuos: Investimento Gerido
Os fundos mútuos são pools de dinheiro de diversos investidores, investidos num grupo de títulos, como ações. Embora negociem apenas uma vez ao dia, os fundos mútuos oferecem gestão profissional. Importante notar que o retorno dependerá do desempenho dos ativos subjacentes. Os millennials podem adquirir fundos mútuos através de corretoras ou diretamente com a empresa gestora.
Cuidado com Investimentos Alternativos
Embora a diversificação seja crucial, millennials devem ter cautela com investimentos alternativos, como private equity (ou seja em empresas que não estão listadas em bolsas de valores), empresas de diversos setores e tamanhos, desde startups até empresas estabelecidas ou commodities. São opções que por norma envolvem altas taxas e podem até restringir o acesso ao dinheiro investido. É aconselhado procurar orientação de um profissional.
É claro que as Criptomoedas se transformaram na locomotiva do mercado para a Geração Millennials, como para a Gen X, isso é facto. Mas convém não distorcer a realidade por completo. Muita gente coloca todo o valor investido numa única classe de ativos. Isso é obviamente errado, mas a realidade é a de que no todo os Millennials investem tanto em cripto como em stocks. Ainda bem que o fazem pois apostam na diversificação e muitas ações tiveram performances médias em muitos casos, melhores.
Desafios dos Millennials
Apesar da considerável presença no mercado de trabalho, muitos millennials ainda hesitam em investir. Diversos fatores contribuem para essa postura conservadora. A maioria tem pouca capacidade para investir devido ao desnível entre o que ganha e o que tem por despesa. As dívidas consomem a grande parte do seu dinheiro disponível. Não estamos a comunicar para esses. A informação neste artigo e neste blog, orienta-se para os que, mesmo em pequenas quantidades, tem alguma disponibilidade financeira para investir procurando retornos que batam os depósitos bancários tradicionais, o que não é difícil.
Acontece que seis em cada dez millennials não investidores alegam não entender o suficiente sobre investimentos. Educação financeira e familiaridade com produtos de investimento são essenciais. Por outro lado memórias da crise financeira de 2008 influenciam uma postura cautelosa, uma década em Portugal de grandes contingências financeiras e preocupações sobre perdas no mercado financeiro ou desconfiança em grandes bancos e firmas de investimento, travam uma postura equilibrada que promova o investimento.
O Papel da Tecnologia
A tecnologia ajudou nos últimos anos. As aplicações que permitiram o investimento fácil, na palma da mão, associada à febre das criptomoedas, levou ao sonho de muita gente em ficar rica rapidamente e de modo fácil. Azar dos távoras, as criptomoedas deram algum dinheiro a algumas pessoas algumas vezes, mas a maioria perdeu muito, tudo, ou ficou “debaixo de água” não gerindo bem a desvalorização que entre 2021 e 2022 as criptomoedas viveram. Os millennials preferem soluções exclusivamente digitais, embora muitos não dispensem colaboração de profissionais de investimento.
A Oportunidade de Investir Agora
Apesar dos desafios, os millennials focam-se em economizar, pagar dívidas e planear o futuro financeiro. Precisam apenas superar a hesitação em investir e aproveitar as oportunidades de ganhos significativos a longo prazo. A necessidade de saber identificar boas oportunidades e acima de tudo, saber ler o que o mercado como um todo e o seu portfólio está a fazer em cada momento, é uma educação financeira inestimável, que devem procurar.
Millennials e Riscos durante a Volatilidade
Não é surpreendente que os millenials tenham uma disposição em assumir riscos perante a volatilidade do mercado, mais do que os “baby boomers” que hoje em idade mais avançada, se tornam mais conservadores nos investimentos que fazem. Em ambos os lados do Atlântico, os millennials estão a procurar um panorama de investimentos. Uma geração com interesse crescente em ativos alternativos, como criptomoedas, com abordagem mais ativa em meio à volatilidade do mercado. A chave para capacitá-los é fornecer educação financeira, promover a confiança e oferecer opções de investimento acessíveis. O futuro dos investimentos está nas mãos dos millennials e o potencial é vasto se superarem as barreiras percebidas e abraçarem as oportunidades disponíveis agora.
Diversificar Riscos e Investir em Conhecimento
A regra básica para a criação de riqueza é investir numa combinação de investimentos vinculados ao mercado e em construção com o tempo de portfólios que possam com base em dividendos proporcionar um rendimento fixo que progressivamente se vá musculando. Planos de investimento pequenos, aumentarão volume, tornar-se-ão mais significativos para gerar retornos mais altos. Entre valorizações e dividendos virá o acumular de riqueza para atender a objetivos financeiros futuros.
No fundo, não é precisa sorte no investimento. Basta obter o conhecimento, a educação sobre o comportamento dos mercados, entender as regras. É tudo o necessário para fazer bons investimentos.